Segundo ele, apenas com o GDF, atualmente, a terceirizada mantinha dois contratos: um emergencial com a Secretaria de Saúde (SES) e outro com a Polícia Civil do DF (PCDF). O impacto direto sobre as duas rescisões resultará em cerca de R$ 5 milhões por mês a menos na conta do grupo empresarial. Se for para colocar na ponta do lápis, com os contratos de outros estados, esse valor pula para R$ 500 milhões por ano.
A decisão de romper os serviços foi da matriarca, Maria d’Apparecida Pedrosa, após a morte de Alba Pedrosa, filha que administrava todos os negócios. O óbito ocorreu em setembro de 2019 e, desde então, a avaliação de familiares é a de que os lucros obtidos não valem o desgaste político de contratar com o poder público.
A decisão atingirá diretamente 18 mil empregados, pouco mais de mil deles apenas no Distrito Federal. A maior parte será absorvida pelas novas contratadas dos governos, de acordo com a nova Lei da Terceirização. Outros serão reaproveitados internamente para serviços diversos.
Além do ramo empresarial, a família é conhecida em Brasília pela política. Eliana Pedrosa (Pros) foi deputada distrital por vários anos e chegou a concorrer nas últimas eleições como candidata ao Palácio do Buriti. Contudo, o sobrinho dela, Eduardo Pedrosa (PTC), que recebeu o mesmo nome do pai, foi eleito deputado distrital e tem mandato até 2022. Eles não integram a direção das empresas.
Procurado pela reportagem, o GDF confirmou o cancelamento do contrato com a terceirizada. “A Secretaria de Saúde informa que a empresa Dinâmica não presta mais serviços para a pasta por estar saindo do mercado. Outras empresas irão assumir os trabalhos”, resumiu