Em 2010 as ações ordinárias da antiga CETIP operaram em forte alta um dia após a empresa ter anunciado que celebrou acordo para a compra da GRV Solutions por R$ 2 bilhões que foram distribuídos da seguinte forma:
A Comissão de Valores Mobiliários fez exigências para a Cetip ficar com GRV Solutions, conforme divulgado pelo Valor Econômico
Para concretizar a compra da GRV Solutions, companhia que opera o Sistema Nacional de Gravames (SNG), a Cetip deverá demonstrar à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que a empresa preservará sua capacidade de atender suas atividades no mercado de balcão. Essa decisão foi dada pelo colegiado da autarquia no dia 14 de dezembro. A Cetip também deverá apresentar à CVM até 31 de janeiro um plano de segregação entre as atividades que já eram da Cetip e aquelas fazem parte da GRV.
A preocupação da CVM é que os novos serviços que vão ser prestados pela Cetip venham a prejudicar a principal atividade do mercado organizado de balcão. Como os ambientes de negociação de títulos mobiliários são regulados pela autarquia, ela tem poderes para aprovar novas atividades incorporadas. Por isso, a CVM passará a acompanhar mais de perto as atividades da Cetip.
A partir de dados apresentados pela Cetip, a área técnica da CVM identificou que a GRV terá um peso significativo na Cetip depois da incorporação. Uma simulação mostrou que a nova companhia teria tido no ano passado R$ 577 milhões de receita bruta, sendo que a maior parte, R$ 314 milhões, partiria da GRV.
A autarquia, segundo parecer da área técnica, não se opõe à compra da GRV, porém afirma que a operação não é necessária ao funcionamento da Cetip, ligada ao setor de valores mobiliários. Em pesquisas feitas com outras empresas semelhantes no exterior, a CVM não encontrou casos de aquisição de outra empresa em um setor de atuação diverso.
“A concretização da operação tem como consequência imediata a quase duplicação da estrutura da Cetip, cujos efeitos deverão ser administrados por um comitê de integração”, afirmou a área técnica em seu parecer.
Outra preocupação da CVM está no grau de alavancagem que a Cetip atingirá ao comprar a GRV. A aquisição da GRV por R$ 2 bilhões foi anunciada pela Cetip no dia 1º de dezembro, sendo que R$ 1,6 bilhão será pago em dinheiro e o restante em ações. Parte disso será quitado com a emissão de R$ 900 milhões em debêntures. O diretor da CVM, Otávio Yazbek, discordou da posição da área técnica de que as atividades da Cetip e da GRV não estão ligadas, mas também propôs medidas que preservem o negócio com valores mobiliários.
Fonte: Carolina Mandl, Valor Economico
CONTUDO EM 2015 COMEÇOU O INFERNO ASTRAL DA CETIP
O inferno astral da Cetip parece não ter fim. Apesar das intensas negociações com a direção do Detran de São Paulo, o presidente da empresa, Gilson Finkelsztain, não evitou o pior: a companhia perdeu a exclusividade no registro dos contratos de financiamento de veículos no estado, negócio que representa 5% do seu faturamento. Tão ruim ou até pior do que a subtração desta receita é o risco de que a decisão estimule os departamentos de trânsito de outros estados a adotar a mesma medida. Até porque deve ser grande a pressão para que os Detrans se afastem de uma empresa que tem um pé na Lava Jato. Segundo denúncias feitas pelo doleiro Alberto Youssef, a GRV, subsidiária da Cetip, teria subornado parlamentares do PP para assegurar um contrato com o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran).
O desenrolar da Operação Lava-Jato, da Polícia
Federal (PF), tem trazido ainda mais desconfiança aos investidores brasileiros
e internacionais, já reticentes em relação ao mau desempenho da economia. A
Bolsa de Valores de São Paulo (BM) tem reagido fortemente ao suposto
envolvimento de empresas de capital aberto no bilionário esquema de corrupção
na Petrobras. Ontem, a bola da vez foi a Braskem, petroquímica do grupo
Odebrecht. As ações da companhia fecharam o dia com queda de 19,78%, a R$
11,03. Segundo dois delatores ouvidos pela PF, a empresa teria pago propina
para comprar matéria-prima mais barata da estatal. Os executivos citados negam
qualquer envolvimento.
Pivô do escândalo, a Petrobras já viu o valor de suas ações despencar mais de
11% somente este ano. Ontem, porém, as preferenciais subiram 2,81%, fechando o
pregão a R$ 8,79. As ordinárias tiveram ganho de 1,80%, terminando o dia
cotadas a R$ 8,47. De qualquer modo, são valores irrisórios perto dos R$ 40 que
os papéis chegaram a valer em 2008.
A semana começou com as ações da Cetip caindo 8% após a empresa de serviços
financeiros ser atrelada indiretamente a um dos esquemas investigados pela
Lava-Jato, que teria incluído pagamento de R$ 20 milhões em propina. Em
comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a companhia negou
qualquer participação. Ontem, os papéis recuaram mais 1,18%, para R$ 30,15.
MAS VAMOS VOLTAR AO FOCO DO PROBLEMA:
O outro negócio do dono do Ibope
Conheça a GRV Solutions, que tem entre os sócios Carlos Augusto Montenegro e fatura R$ 320 milhões endendo informações para bancos e financeiras
Em 1995, o empresário Carlos Augusto Montenegro, dono do Grupo Ibope, foi convocado para uma reunião por Homero Icaza, diretor de tecnologia da empresa. Durante a conversa, Icaza disse ao chefe que a estrutura de processamento de dados do grupo estava sendo subaproveitada.
Sua ambição era usar parte da parafernália para oferecer um novo serviço ao mercado. Nascia ali a GRV Solutions, cujo grande mérito foi a criação e a operação do Sistema Nacional de Gravames (SNG). O serviço funciona assim: no ato da concessão do financiamento de um veículo, o funcionário do banco aciona o SNG e registra a transação.
Ele gera um código que é enviado automaticamente para todos os 27 Detrans do País, indicando que aquele bem foi dado em garantia para uma transação. Isso impede, por exemplo, que o veículo troque de dono antes da quitação do débito. Por inclusão é cobrada uma taxa de R$ 34.
O valor é relativamente pequeno. Mas Montenegro enxergou aí a chance de faturar com a alta demanda que existe nesse mercado. O dono do Ibope não participa do dia a dia do negócio, cuja gestão é profissionalizada. Como presidente do conselho de administração, contudo, acompanha as decisões estratégicas.
A GRV Solutions, que atua independente do Grupo Ibope, vai faturar R$ 320 milhões. Valor próximo da receita do Ibope: R$ 425 milhões.Agora, a empresa pretende levar o serviço para o setor imobiliário. A ideia é interligar os cerca de dois mil cartórios brasileiros. “A verificação de restrições legais do candidato a mutuário, que hoje dura até 20 dias, poderá ser concluída em minutos”, diz Fabrício Bossle, CEO da GRV.
Para viabilizar o negócio, o executivo prevê investimentos de R$ 150 milhões na compra de equipamentos e no desenvolvimento de softwares. Os primeiros acordos estão sendo assinados com cartórios de Paraná, Goiás e Distrito Federal. Os contratos com os bancos ainda estão em fase de negociação.
O principal desafio do executivo, no entanto, será levantar os recursos para bancar a expansão. A opção pela abertura de capital, que estava sob os cuidados do banco JP Morgan, acabou abandonada. “Como nosso foco era o investidor estrangeiro, fomos atropelados pelo IPO da Petrobras”, lamenta Bossle, da GRV Solutions.
Inicialmente atuante no estado do Paraná, seus negócios tiveram forte expansão em 2001, quando o DETRAN de São Paulo e as instituições financeiras se juntaram ao SNG. No ano de 2006 todos os DETRAN do país passaram a utilizar o SNG e, em 2009, a denominação social da Gravames.com passou a ser GRV Solutions S.A. A GRV Solutions é fornecedor de soluções para a gestão de risco e controle de ativos relacionados às principais etapas do ciclo de crédito: análise, concessão, liberação, monitoramento e cobrança. Atualmente, a GRV é a única empresa no Brasil que oferece um sistema eletrônico integrado e privado de disponibilização, registro e custódia de informações sobre inserções e baixas de gravames com relação a veículos financiados, sejam novos ou usados, efetuando 99,49% da totalidade desses registros no Brasil.
A linha de negócios objeto da operação pretendida compreende: i. SNG – inserção, baixa e consulta, pelos Agentes Financeiros, por meio eletrônico, de Gravames e a custódia dessas informações em sistema eletrônico; ii. GRV Contratos – inserção e custódia de informações relativas aos contratos de financiamento de Veículos em sistema eletrônico para consulta dos Órgãos de Trânsito, que suportam as operações do SNG, conforme exigido pela legislação brasileira; iii. GRV Relatórios – elaboração de relatórios gerenciais e análises baseados nos dados do SNG e GRV Contratos que fornecem aos clientes informações críticas para os seus processos de tomada de decisão e monitoramento, tendência da indústria, entre outros; iv. Infoauto – consulta de informações atuais e/ou históricas sobre Veículos financiados e não financiados, registradas em nosso banco de dados ou em banco de dados acessíveis pela Companhia, incluindo transações efetuadas, tais como RENAVAM, número de chassis, placas e informações sobre Gravames; v. GRV Pátio – monitoramento, dentro do SNG, de estoques de Veículos de concessionárias e revendedoras para fins de acordos comerciais e contratos de capital de giro, entre Agentes Financeiros e tais concessionárias e revendedoras; e vi. Infomarket – informações de mercado disponibilizadas em formatos de arquivo de forma a fornecer dados consolidados que permitem, aos clientes, o aumento da precisão das análises de crédito e performance comercial.
A GRV Solutions S.A. tem atualmente três sócios: JCR, grupo com atuação multisetorial controlado por João Carlos Ribeiro, que ocupa a presidência do Conselho de Administração da GRV; Homero Figner, membro do Conselho de Administração da GRV e presidente da Megadata, empresa que cedeu à GRV os direitos de comercialização do programa de computador SNG; e Grupo Ibope. Descrição da Composição Acionária da GRV Solutions, em novembro/2010.
EM MEIO AO PROCESSO DE COMPRA E VENDA SURGE O NOME DA MEGADATA das profundezas mais sujas do esgoto e hoje aparece no mercado de registro exibindo um compliance barato e sem precedentes confiáveis.
Este veículo informativo acredita, em nome da liberdade de imprensa, que situações como esta não podem simplesmente ser esquecidas.
O Sr. João Elisio e seus comparsas operam no mercado de registros sem vergonha alguma do seu passado OBSCURO e podre.
1 – O IBOPE é proprietário da MEGADATA.
2 – A MEGADATA é a empresa que faz os gravames fiduciários em todos os DETRAN do Brasil (45% da frota dos carros do Brasil estão agravados fiduciariamente e pagam R$ 200,00 por gravame)
3 – Os convênios para fazer o serviço nos DETRAN foram repassados (contratados sem licitação e estão sobre investigação em vários Estados) pela FENASEG na gestão do presidente João Elísio Ferraz de Campos.
4 – João Elísio Ferraz de Campos é o coordenador da campanha do Beto Richa e o negócio entre FENASEG e MEGADATA (do grupo IBOPE) com os DETRANs de todo o Brasil rendem BILHÕES DE REAIS anualmente.
Para que saibam que João Elísio Ferraz de Campos é o coordenador da campanha do Beto Richa, no dia de ontem foi distribuído o COMUNICADO À IMPRENSA, que segue:
Curitiba, 4 de agosto de 2010
As coligações Novo Paraná e A União Faz um Novo Amanhã, em comum acordo, comunicam que, em face de compromissos anteriormente assumidos e da intensa agenda de campanha em curso, os candidatos a governador Beto Richa e Osmar Dias participarão dos seguintes debates, conforme o calendário:
12 de agosto BAND TV
10 de setembro REDE MASSA – SBT
20 de setembro RIC – RECORD
28 de setembro RPC – GLOBO
Aos demais veículos, os candidatos colocam-se à disposição para entrevistas individuais, de acordo com agendamento prévio.
Atenciosamente,
João Elísio Ferraz de Campos
Coordenador geral de campanha da coligação Novo Paraná
Mario Pereira
Coordenador geral de campanha da coligação A União Faz um Novo Amanhã
DOC-2- Esse documento é parte do Relatório da Câmara Federal que teve como relator o deputado Celso Russomanno.
DOC-3 – Todos os Estados, inclusive o do Paraná, fizeram esse convênio, sem licitação, com a FENASEG (João Elísio Ferraz de Campos) que contratou como terceiro a MEGADATA do Grupo IBOPE (senhor Montenegro).
DOC-4- Cópia da página 2 do convênio onde os DETRANs permitiram que a FENASEG – sob o comando do João Elísio Ferraz de Campos – tivesse livre escolha para terceirizar o serviço. Nesse caso para a MEGADATA.
Para o Senhor Roberto Requião explicar
Em 25 de fevereiro de 2009 o CNT – Conselho Nacional do Trânsito baixou a Resolução nº 77 para acabar com essa ilegalidade (veja abaixo doc..5). Notem (ver abaixo doc .5) que havia uma lei (nº 11.882 – art.6ª no § 1ª) de 23.12.2008 considerando nulos os convênios.
A lei determinava acabar com os convênios dos DETRAN + FENASEG + MEGADATA do IBOPE.
Roberto Requião de Mello e Silva era governador, em fevereiro de 2009, e continuou sendo por mais 1 ano e dois meses depois da Resolução nº 77.
Roberto Requião é muito amigo de João Elísio Ferraz de Campos.
Por que o governador Roberto Requião não mandou o cel. Pancotti (diretor do DETRAN/PR) cancelar esse convênio e fazer uma licitação como obrigava a lei?
Por que Requião deixou o nosso DETRAN na mão do IBOPE parceiro do João Elísio Ferraz de Campos?
EM 2014 VEIO ENTÃO, O QUE ACREDITAVA-SE SER O PIOR PESADELO…A LAVA JATO…
Em depoimento realizado em 04/11/2014, em delação premiada obtida na Operação Lava-Jato da Polícia Federal, o doleiro Alberto Youssef apontou pagamento de suborno, em contratos do Denatran para congressistas do Partido Progressista: “QUE, no ano de 2008 ou 2009, na época em que era Ministro das Cidades o Sr. MARCIO FORTES, foi indicado determinado dirigente do DENATRAN pelo deputado JOAO PIZZOLATTI, salvo engano líder da bancada do PP; QUE, esse dirigente proporcionou a transferência da responsabilidade pelo registro das transferências de veículos para uma empresa de nome GRF, ligada a FENASEG; QUE não sabe o nome do referido dirigente e nem encontrou-se com o mesmo pessoalmente; QUE, não tem conhecimento ao certo como foi formalizada a contratação dessa empresa, apenas que houve uma facilitação por parte do DENATRAN para que ela atuasse sozinha nesse segmento; QUE, negocio teria rendido cerca de R$ 20 milhões em comissões para o PP, montante que seria pago em vinte parcelas; QUE, as parcelas eram pagas por um empresário de nome MONTENEGRO, dono do IBOPE e sócio majoritário da FENASEG/GRF (ou GFR); QUE, competia ao declarante receber as comissões em espécie no escritório do declarante junto a Av. São Gabriel em São Paulo, sendo os valores entregues pelo próprio JOAO PIZZOLATTI, e levar o dinheiro a Brasília; QUE esse dinheiro era entregue a PIZZOLATTI na residência do mesmo em Brasília/DF, competindo ao mesmo fazer a distribuição desses recurso; QUE, para esse serviço o declarante recebeu cinco por cento do valor, ou seja, um milhão de reais; QUE, essas viagens de São Paulo a Brasília para levar o dinheiro da comissão relativa ao negocio do DENATRAN foram realizadas tanto por voos comerciais como voos fretados, sendo que para esse transporte contou também com a cooperação dos seus assessores, dentre eles RAFAEL ANGULO; QUE, salvo engano um dos sócios da FENASEG/GRF reside em Curitiba e se chama JOAO ELÍSIO; QUE, perguntado se PIZZOLATTI lhe informou de quem receberia tais pagamentos especificamente, responde que o parlamentar disse apenas que o valor seria pago pela FENASEG/GRF; QUE, na décima segunda ou terceira parcela dos pagamentos a empresa em questão foi vendida a CETIP ou estava em vias de ser vendida, sendo os pagamentos suspensos; QUE, foi realizada uma reunião no Rio de Janeiro, salvo engano no ano de 2010 ou 2011 em que estava presente o declarante, PEDRO CORREA, JOAO PIZZOLATTI e o presidente da FENASEG/GRF, cujo nome não recorda no momento; QUE, essa reunião foi realizada em um almoço em um restaurante, sendo acordado que os pagamentos iriam prosseguir, o que de fato ocorreu; QUE, a sistemática de pagamentos foi mantida a mesma nesse período; QUE, não recorda se na época a FENASEG/GRF já havia sido transferida ao controle da CETIP ou se os recursos para o pagamento das comissões eram determinadas ainda pelos titulares antigos da empresa; QUE, de fato a FENASEG/GRF foi adquirido pela CETIP nessa época; QUE, JOSE JANENE não teria participado dessa negociação, apenas a autorizou politicamente; QUE, diz ter condições de Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 42 reconhecer o presidente da FENASEG/GRF que teria participado do referido almoço caso veja a imagem deste.”